sexta-feira, outubro 21, 2005

SUA ECONOMIA

Pode-se afirmar que a Baixa da Banheira não tem uma base económica sólida. É simplesmente um gigantesco dormitório! Foi assim fadada pelos homens. Quando esta terra travou uma justa pleja para se emancipar, aqueles a quem coube resolver o litígio, para dar satisfação aos interesses de uns poucos, despojaram-na de três fábricas de cortiça e dum forno de cal, que por direito inalienável da lei pertenciam à nova freguesia e bastante a valorizaria no aspecto económico. Alhos Vedros possuía então 43 fábricas de cortiça e, desta maneira, mais três, menos três, não lhe traria uma diferença muito significativa.

A população da Baixa da Banheira, essencialmente operária, distribuia-se na sua maioria pelas fábricas do concelho do Barreiro, predominantemente na Quimigal (ex-CUF), sendo também bastantes aqueles que trabalhavam na C.P.. As fábricas de Alhos Vedros (cortiças e confecções) ocupam ainda, se bem que em menor quantidade, alguns banheirenses, com larga preponderância para o sexo feminino.

Sem indústria expressiva, detentora dum comércio que sendo farto, apenas uma escassa dúzia de casas comerciais reunem um nível digno de apreço e das quais a maioria dos proprietários são estranhos à terra, sem possuir a mais pequena fracção de exploração agrícola, embora pertencendo a um concelho de grandes tradições na agricultura, a Baixa da Banheira não tem na realidade uma economia digna de menção.

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1 Comments:

Blogger joao figueiredo said...

por exemplo, reconheço este texto como pertencente ao capítulo I da livro "Baixa da Banheira até aos nossos dias" de José Rosa Figueiredo, tendo a primeira edição datado de 1979.

o meu contacto: joaopf@hotmail.com

4:04 da tarde  

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